Letra: Domingos
Gonçalves Costa
Música: Jaime Santos
(Alexandrino do
Jaime)
Quase ninguém dá
conta, ao ver alguém chorar
Do que a lágrima diz, quando aos olhos
aflora
Essa gota de luz, no seu estranho
brilhar
É um espelho a
reflectir, a vida de quem chora
Na lágrima que
brilha, nuns olhos divinais
Lembra a luz da
manhã, de um dia a
alvorecer
Nem tem comparação, com as lágrimas
fatais
Que queimam como
fogo, nos olhos dum
vencido
A lágrima da mãe, quando nos dá a vida
É cor que a tarde
empresta, a um dia divinal
E a lágrima chorada, à hora da partida
É hino de saudade, às vezes imortal
Na vida onde se
afundam, sorrisos e cansaços
A lágrima mais pura, a que jamais tem par
É uma, a que se
esconde atrás duns olhos
baços
Que fartos de sofrer, já nem sabem chorar